Pesquisar este blog

groupon

beleza1_728x90.gif

terça-feira, 22 de novembro de 2011

PONTO G – MITOS E VERDADES

       A compreensão do que é PONTO G, MITOS E VERDADES esclarecem muitos fatores que levam às pessoas a terem uma vida sexual saudável. Portanto o objetivo desta matéria é a oferecer os subsídios básicos que possamos iniciar uma reflexão sobre as possibilidades de vivenciar melhor a sua sexualidade.
       Para o psicólogo, esse tema é de muita importância e as informações sobre o assunto deverão apenas despertar o interesse para seu aprofundamento, pois somente através do estudo aprofundado de sexologia é possível orientar outras pessoas, utilizando argumentos reais, fundamentados em estudos científicos.

SEXOLOGIA
       Antes abordarmos diretamente o tema “Ponto G”, faremos uma reflexão sobre a importância de estudar  Sexologia.
       Os conceitos e pontos enumerados abaixo estão de acordo com Daniel Walker.
       Sexologia – É o estudo de temas ligados à sexualidade e ao sexo.
       Sexólogo é o profissional especializado em sexologia. Os distúrbios sexuais são tratados pelo Terapeuta         
       Sexual, geralmente um psicólogo ou médico com estudos nesta área.
       Educador Sexual é o sexólogo que atua na área de Educação Sexual.
       Ginecologia e Urologia são as especialidades médicas mais próximas da Sexologia.
    Diferença entre sexo e sexualidade :
       Sexo – É o caráter que distingue os gêneros masculino e feminino. Refere-se basicamente às características biológicas e fisiológicas dos aparelhos reprodutores do homem e da mulher, ao seu funcionamento e também aos caracteres sexuais secundários decorrentes da ação hormonal. Pelo sexo se sabe se um indivíduo é macho ou fêmeo.
       Sexualidade – É a atividade, a expressão, a disposição ou o potencial dos impulsos sexuais do indivíduo.     
       Simples e ao mesmo tempo complexa, a sexualidade envolve tudo o que cerca o indivíduo. Ela acompanha o indivíduo por toda a sua vida e não se restringe apenas aos órgãos genitais. É possível encontrar sexualidade até mesmo em um simples olhar.

       É importante estudar Sexologia para:
          1. Obter conhecimentos e assim entender a própria sexualidade.
          2. Abandonar certos mitos que atrapalham a vida sexual.
          3. Conhecer os próprios valores sexuais e melhorar o prazer sexual.
          4. Prevenir-se das infecções sexualmente transmissíveis
          5. Evitar gravidez indesejável.
          6. Reconhecer e vencer os problemas sexuais que afetam a vida conjugal e
          7. Melhorar a auto-estima.

       As pessoas se interessam muito por esse assunto, que até pouco tempo, era sigiloso, constrangedor e geralmente tratado “entre quatro paredes”. Hoje ele está na rua, nas revistas, na TV, sendo mostrado de todas as formas, desde as mais sutis e românticas até as mais grosseiras e envolvendo todos os tipos de finalidade.
       Como sexo traz tantas conseqüências, mais do que nunca é recomendável refletirmos sobre ele, estudá-lo sob os mais variados enfoques, pois somente assim será possível chegar a uma conclusão sobre exercer a sexualidade de forma sadia.
       Sexo é uma das coisas mais importante na vida das pessoas. Porém as imposições feitas pelas gerações passadas resultou em mitos e tabus sobre esse assunto.
       (..)uma educação familiar repressora e de normas de conduta impostas pela Igreja e por governos tiranos, que ditavam regras sempre baseados em informações sem nenhum fundamento científico. Mas também não se deve exagerar e admitir que tudo é normal, tudo é permitido e assim promover a banalização do sexo, como, infelizmente, muita gente está fazendo. Este tipo de comportamento –irresponsável e repreensível – é apontado como a maior causa da disseminação das infecções sexualmente transmissíveis. Sexo é bom, mas deve ser praticado com segurança e responsabilidade, na hora certa e com a pessoa certa.
       Os pioneiros do estudo da sexologia foram os filósofos gregos (século V, a.C.). Fizeram observações e elaboraram as primeiras teorias relativas às disfunções sexuais. Foram perseguidos, tiveram seus estudos destruídos e sofreram ameaças de morte. Somente a partir da Segunda Guerra Mundial que a sexologia experimentou sensível avanço nos EUA.

CONCEITO
       O "ponto G", cuja real existência ainda é muito discutida nos meios científicos, teria sido identificado na década de 1950 por Ernest Gräfenberg. Seria uma concentração de terminações nervosas, vasos sanguíneos e glândulas ligadas ao clitóris que se concentram em torno da uretra. O ponto G seria bastante sensível à pressão e, quando estimulado, se tornaria capaz de proporcionar orgasmos intensos.
       Este ponto refere-se a uma área do tamanho aproximado de um grão de feijão, localizado uns 5 centímetros dentro da parede frontal no interior da vagina, e que segundo seu "inventor", o ginecologista Grafenberg (1950), seria responsável pelo deflagrar inconteste de orgasmos.
       Segundo Daniel Walker, a sensibilidade erótica da vagina ocorre numa extensão que vai da abertura do canal (intróito vaginal) até cerca de 5 centímetros. É neste canal que pode ser encontrado o controvertido ponto G, porém sua existência ainda não é aceita pela unanimidade dos sexólogos e é chamado de OVNI da sexologia.
       Então, se você não encontrou seu ponto G, não se preocupe, pois você talvez não tenha. E isso é normal.

LOCALIZAÇÃO
       A possível localização do ponto G, dentro do aparelho reprodutor feminino envolve os seguintes órgãos:
       Entrada vaginal ou intróito vaginal – É por esta entrada que passam o fluxo menstrual e o bebê na hora do parto e também por onde penetra o pênis. Quando são virgens, as mulheres possuem uma membrana chamada hímen, que recobre parcialmente a abertura da vagina. O hímen é parcialmente perfurado para dar passagem ao sangue da menstruação e às secreções vaginal e cervical. Em sua base encontram-se as desembocaduras das glândulas vestibulares ou glândulas de Bartholin.
       Vagina - É o órgão de cópula da mulher e apresenta-se como um canal dotado de estrutura músculo-membranosa, revestido por uma mucosa pregueadaextraordinária elasticidade, daí porque pode acomodar pênis maior do que a média do seu comprimento. Não é um canal permanentemente oco. Quando a mulher não está excitada ele se fecha. Durante a excitação a mucosa vaginal secreta um líquido, uma espécie de lubrificante, para facilitar a penetração.
       Clitóris – É uma saliência que fica na junção anterior dos pequenos lábios e acima da uretra. É um órgão bastante sensível à estimulação sexual e por esta razão algumas mulheres sentem uma dorzinha ou cócegas quando o mesmo é estimulado. Sendo estimulado por longo tempo o clitóris pode entrar num processo de amortecimento, perdendo temporariamente a sensibilidade. Mas isto é normal.

MITOS
       Segundo Giovana Facchini, Ana Cláudia Maia e Ari Fernando Maia, foi possível verificar a grande quantidade de MITOS que envolvem o PONTO G. Algumas pesquisas analisam o material que é veiculado pela internet a fim de promover orientação sexual a adolescentes. São relatadas dúvidas da população que comprovam a ausência de esclarecimento sobre este e outros assuntos relacionados à sexualidade. A superficialidade do material fornecido aos indivíduos que têm dúvidas, faz com que os mitos permaneçam.
       Os assuntos sobre sexualidade são, em geral, apresentados de forma superficial, não promovem a reflexão e não informam com precisão. Além disso, apresentam uma visão distorcida e preconceituosa, reforçando estereótipos e concepções sexuais vigentes. Conclui-se que é fundamental o posicionamento crítico da Psicologia em relação aos veículos de orientação sexual para que estes possam, de fato, garantir o esclarecimento e a orientação ética e não meramente reproduzir padrões sociais.
       De acordo com o artigo de Giovana Facchini, o conteúdo de revistas, programas de TV, livros de auto-ajuda para esclarecer aqueles que possuem uma vida sexual infeliz, o Ponto G é um tema constante, pois a proposta destes veículos de comunicação é propor possíveis causas do insucesso de uma mulher em conseguir atingir orgasmos. A superficialidade de conteúdo leva o leitor à culpa, muito mais do que achar soluções para a realidade de sua vida sexual.
       Mais uma vez pode-se identificar a questão da culpabilização, como ilustra os trecho abaixo transcrito:
       Não conseguir chegar ao orgasmo é um problema de fundo psicológico, na maioria das vezes.
       Geralmente é conseqüência de uma primeira vez traumática (a mulher sentiu dor, o parceiro foi agressivo e pouco carinhoso). Mas também pode ser uma visão distorcida da sua sexualidade. (Contratempos da transa – A menina não atinge o orgasmo).
       Os autores não descartam fatores psicológicos que levam a mulher a não atingir o orgasmo, porem consideram a importância de abordar esse assunto questionando, por exemplo:
       “por que se deve, necessariamente, chegar ao orgasmo?”
       Será que não é possível ter uma vida sexual plenamente satisfatória, buscando-se outras alternativas de busca do prazer?
       As mulheres têm encarado o não atingir o orgasmo como sinônimo de uma relação sexual incompleta, como se ele fosse o “encerramento de um espetáculo”

       No que se refere à questão específica do Ponto G, além das análises anteriores, as quais são igualmente válidas, deve-se destacar o caráter de mistério que ronda em torno do “poderoso” ponto:
       Você já deve ter ouvido falar do famoso ponto G. Aquele que faz a menina ter um grande prazer. Mas como um monte de meninas, não faz idéia de onde ele se esconde. E muito menos [se pode] ter certeza de que ele não seja uma lenda. Por esse motivo, o iGirl foi desvendar esse mistério! (Ponto G)
       A posição ideal para atingir o Ponto G é de cócoras ou sentada. Deitada não é indicada, porque assim ele desaparece. Não adianta achar que é só seguir o mapa. Para que ele seja atingido, a mulher precisa estar relaxada, as paredes vaginais têm de estar muito lubrificadas e o homem precisa se sentir confiante e descontraído na relação para que seu pênis se movimente à vontade dentro da vagina. O prazer feminino não é tão simples quanto o masculino, é necessário saber explorá-lo e não ter pressa, ir se conhecendo para se descobrir.
       As observações sobre o Ponto G colocam mais uma obrigação para a mulher ter uma vida sexual perfeita:
       (...) não basta mais ter um orgasmo; o que as mulheres buscam agora são orgasmos múltiplos, tão intensos como elas nunca puderam imaginar, bem como o tal ponto que os proporcionará. E cria-se, assim, mais uma forma de repressão sexual, baseada na idéia de que mais (orgasmos mais intensos, em maior número) é melhor, ou seja, na idéia de que o desempenho sexual pode ser medido quantitativamente.
       O artigo trata do Ponto G e a busca de prazer como mais uma forma de aprendizado, e que a busca do autoconhecimento restringe-se ao próprio corpo para descobrir aquilo que agrada e ao que não proporciona prazer. As colocações sobre o Ponto G transformam o prazer em mais uma imposição da sociedade
       Um exemplo do que se afirma nessa análise pode ser visto no trecho:
       Não conseguir chegar ao orgasmo é um problema de fundo psicológico (...). Mas também pode ser uma visão distorcida da sua sexualidade. Orgasmo é Orgasmo é
descoberta e aprendizado, você precisa aprender onde sente mais tesão e aprender a estimular estes pontos. (Contratempos da Transa – A menina não atinge o orgasmo)

       O capitalismo cria novas necessidades e atinge a esfera sexual, que constitui-se em uma “mina de ouro” no mercado atual, com receitas práticas para se conseguir atingir um orgasmo, aprendendo inúmeras novas posições, etc.
       Portanto as mulheres necessitam encarar o orgasmo não como obrigação para uma relação sexual feliz, pois isso é também uma forma de repressão.

VERDADES
       Segundo José Martinho, as mulheres continuam a gritar com os homens, criticá-los por não estarem atentos ao que elas desejam, dizem que não as compreendem, reclamam bastante, mas não indicam o que realmente elas querem. Nem as feministas, nem as psicanalistas revelaram a verdade da mulher e sobre o mistério do seu gozo. Esta dificuldade abriu uma nova área de investigação sobre anatomofisiologia da caverna vaginal e orgasmos femininos.
       Embora não haja dúvidas quanto à observação de que as mulheres percebem algumas áreas da vagina como sendo mais sensíveis à estimulação erótica do que outras, a existência de um ponto G permanece na mais otimista das perspectivas como não comprovada.
       De acordo com В. Jablonski, trabalhos neurofisiológicos e exames na mucosa da parede vaginal anterior ou simples explorações digitais, em sua imensa maioria, não comprovaram a existência do ponto G.
       Em pesquisas, verifica-se que este é um assunto de grande interesse das pessoas. Principalmente as mulheres gostam de acreditar que são equipadas com um “botão” que as conduz ao orgasmo.
       A proposta de Reinisch & Beasley é a possibilidade da conquista de uma sexualidade mais livre e saudável depende de um treinamento de "desrepressão", de conscientização moral e corporal, além de muita comunicação com seus(suas) parceiros(as).
       O que assombra realmente a existência dos homens e das mulheres é aquilo que chamaria o «problema sexual», problema irresolúvel, mesmo se existem soluções provisórias, que dependem das contingências e arranjos particulares. Dito de outro modo, o que existe é uma «vida sexual» variada, entre eles e elas, eles e eles, elas e elas, vida que deambula ao sabor dos encontros com o Outro, com o Outro do discurso e mais radicalmente com o Outro sexo.

CONCLUSÃO
       Considerar o ponto G como uma espécie de botão, que acionado pode trazer prazer a uma mulher, é mito.
       Com ou sem ele, ninguém consegue escrever uma fórmula para o orgasmo feminino. Portanto essa questão envolve muitos outros fatores e não deve ser tratado com superficialidade, falta de conhecimento e sensibilidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...